
Ánubis é o antigo deus egípcio da morte e dos moribundos, por vezes também considerado deus do submundo. Conhecido como deus do embalsamamento, presidia às mumificações e era também o guardião das necrópoles, das tumbas, e o juiz dos mortos. Os egípcios acreditavam que Ánubis guiava a alma dos mortos no Além. Os sacerdotes de Anúbis usavam máscaras de chacais durante os rituais de mumificação. Esta divindade é uma das mais antigas da mitologia egípcia e seu papel mudou à medida que os mitos amadureciam, passando de principal deus do mundo inferior a juiz dos mortos, depois que Osíris assumiu aquele papel. A associação de Anúbis com chacais provavelmente se deve ao fato de estes perambularem pelos cemitérios. Alguns egiptologistas se referem ao "animal de Anúbis" para indicar a espécie desconhecida que ele representava. As cidades dedicadas a Anúbis eram conhecidas pelo grande número de múmias e até por cemitérios inteiros de cães.

Filhos de Hórus é a designação dada a quatro deuses do Antigo Egito: Imseti, Hapi, Duamutef e Kebehsenuef. Estes deuses estavam estritamente ligados ao culto funerário, não tendo sido alvo de nenhum culto em templos. Pouco se sabe sobre a origem destes deuses, que já eram vistos como filho do deus Hórus desde a época do Império Antigo. Nos Textos das Pirâmides são mencionados catorze vezes, sendo responsáveis por ajudar o defunto na sua viagem para o Além. Cada um deste deuses era visto como o guardião de um dos órgãos internos do falecido. Durante o processo de mumificação os órgãos internos eram retirados e colocados nos chamados vasos canópicos. A partir da XVIII Dinastia a tampa destes vasos passou a reproduzir a cabeça destes deuses (anteriormente reproduzia-se a face idealizada do defunto).

Serket foi a deusa escorpião e o seu nome é uma abreviação da expressão Serket-Hetyt que significa "Aquela que faz respirar a garganta" ou, de acordo com outra interpretação, "Aquela que facilita a respiração na garganta"; no primeiro caso aludia-se ao facilitar da respiração dos récem-nascidos e no segundo ao seu papel benéfico na cura de picadas de escorpião (sendo um dos efeitos destas picadas a sensação de sufoco). A referência mais antiga que se conhece à deusa data do tempo da I dinastia. De início não possuía as características benéficas que adquire mais tarde. Era a mãe (ou esposa) do deus serpente Nehebkau, cuja função era proteger a realeza e que vivia no mundo dos defuntos. Devido a esta associação, Serket era vista como guardiã de uma das quatro portas do mundo subterrâneo, prendendo os mortos com correntes.
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