domingo, 23 de novembro de 2008

Divindades da Realeza

No British Museum os gatos egípcios mumificados em louvor à Deusa Bastet

Bastet é uma divindade solar e deusa da fertilidade, além de protetora das mulheres grávidas. Também tinha o poder sobre os eclipses solares. A deusa está presente no panteão desde a época da II dinastia. Por vezes é confundida como Sekhmet, adquirindo neste caso o aspecto feroz de leoa. Certa vez, ordenou a Sekhmet que castigasse a humanidade por causa de sua desobediência. A deusa, que é representada com cabeça de leoa, executou a tarefa com tamanha fúria que o deus precisou embebedá-la com cerveja para que ela não acabasse exterminando toda a raça humana. O que acabou originando a deusa Bastet. Era a esposa de Ptah, com quem foi mãe de Nefertum e Mihos. Nos seus templos foram criados gatos que eram considerados como encarnação da deusa e que eram por essa razão tratados da melhor maneira possível. Quando estes animais morriam eram mumificados, sendo enterrados em locais reservados para eles.


A nível iconográfico Iah era representado, na sua forma antropomórfica, com um disco solar e crescente da lua nova sobre a sua cabeça, onde também tinha uma trança lateral característica das crianças egípcias.

Iah ou Aah era o deus da lua. As primeiras presenças do nome "Iah" referem-se à lua enquanto satélite do planeta terra. Mais tarde, a palavra passaria a designar uma divindade. Alcançou grande popularidade na época que se seguiu ao Império Médio, ou seja, na época de dominação do Egito pelos Hicsos, um povo oriundo da Palestina.



No Museu Karnak a céu aberto, encontramos Mafdet representada como um animal (que ainda não foi possível identificar, sendo talvez uma pantera ou lince) que subia por um bastão curvado na parte superior que tinha uma corda e uma lâmina. Este instrumento era usado na aplicação da justiça.

Mafdet era a deusa associada à justiça e ao poder real e seu nome significa provavelmente "a corredora". É uma divindade muito antiga, que já era adorada no tempo da I Dinastia (Época Tinita). Acreditava-se que a deusa combatia os escorpiões e as serpentes com as suas garras afiadas. Para além deste aspecto feroz, Mafdet tinha igualmente um lado benéfico, sendo invocada para afastar as picadas dos escorpiões e das serpentes. Era por isso chamada de "Senhora da Casa da Vida", uma referência ao local onde se curavam os doentes no Antigo Egito. A deusa era também encarada como protetora do faraó.


Montu (observe o hierógrifo do seu nome ao lado direito da sua coroa) no Templo de Karnak - o museu ao ar livre (sul do Cairo).

De início Montu era um deus solar, associado a (Montu-Ré), sendo considerado como a manifestação destrutiva do calor do sol. Foi no tempo da XI dinastia que Montu adquiriu características associadas à vitória e à guerra. Era conhecido como o "senhor de Tebas", situando-se o seu principal centro de culto em Hermontis.



Nekhbet era representada como um abutre que usa a coroa branca, agarrando com as suas patas o ceptro uas ou o anel chen. Na peça acima, a divindade está ao lado do símbolo o olho da deusa Uadjit.

Nekhbet é originária da cidade de Nekheb no Alto Egito e era também uma das deusas protetoras da realeza egípcia. A deusa protegia os nascimentos, em especial o nascimento dos reis. Junto com Uadjit poderia ser representada no toucado dos faraós, acreditando-se que estas poderiam repelir os inimigos do soberano.


Sobek no único templo duplo egípcio, o Kom Ombo, assim chamado por ser dedicado a duas divindades: Sobek e Hórus

Sobek ou Sebek é o deus-crocodilo da fertilidade e criador do mundo, no Antigo Egito, por vezes identificado com ou Set e tido como filho de Neit. Oriundo das regiões do Faium, este deus está associado à astúcia, paciência e à crise, à tudo que interrompe o curso natural das coisas.



Mulher com cabeça de leoa para aludir ao aspecto de defensora da realeza

Uadjit era na mitologia egípcia a deusa padroeira do Baixo Egito e seu nome significa "A verde" (cor das serpentes) e "A da cor do papiro" (numa alusão à planta do papiro, que teria sido por ela criada e que era a planta heráldica do Baixo Egipto). Uadjit começou por ser uma divindade ligada à vegetação tendo se transformado numa deusa da realeza. Ela foi integrada na lenda de Osíris, na qual é ela quem toma conta do pequeno Hórus, escondido nos pântanos do Delta, o qual alimentou com o seu leite, enquanto Ísis procurava por Osíris.

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