sábado, 22 de novembro de 2008

Homem Deificado I

Estátua em pedra de Amen-hotep - Museu Egípcio - Cairo
Foto by Hirmer Fotoarchiv

Amen-hotep, dito "filho de Hapu" (1440 a.C. - 1360 a.C.), foi um vizir do faraó Amen-hotep III durante a XVIII dinastia egípcia. Desempenhou funções de comando militar, mas foi também arquiteto. À semelhança de Imhotep, foi transformado numa divindade.
Nasceu em Athribis, uma cidade da região do Delta do Nilo, de origem humilde. Começou a sua carreira como escriba antes de alcançar o título de vizir.
O faraó dedicou-lhe uma estátua no seu templo de Karnak, um feito raro na época, dado que o seu vizir não tinha origem real.
A deificação da sua pessoa só se desenvolve verdadeiramente na era ptolemaica (mil anos depois da sua morte), quando Ptolomeu IV construiu um templo em Deir el-Medina em volta da sua campa. Nesta era ele foi considerado como uma divindade detentora de poderes curativos, sendo associado a Osíris e a Amon-Ré.

Os gregos denominaram de Colossos de Memnon as estátuas de quartzito gigantes com 18 metros de altura que estão situadas na necrópole da antiga cidade de Tebas, a oeste da cidade de Luxor, no Egipto. Estas estátuas eram entendidas como guardiãs do templo funerário do faraó que era um dos maiores da Antiguidade, mas foi completamente destruído devido às inundações do Nilo e à extracção de materiais.
Um sismo ocorrido em 27 a.C. abriu uma fenda no colosso norte. A partir de então o acumulo de umidade durante a noite produzia o fenômeno da "estátua cantante" ao evaporar pela manhã.
As estátuas representam Amen-hotep III sentado no trono com as mãos pousadas sobre os joelhos. Em cada lado das suas pernas está a sua mãe, Mutemuia, e a sua esposa principal, a rainha Tié.

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