domingo, 9 de novembro de 2008

O Estatuto dos faraós

Hatchepsut - Museu Nacional de Alexandria


Mais que um simples rei, o faraó era também o administrador máximo, o chefe do exército, o primeiro magistrado e o sacerdote supremo do Egito (sendo-lhe, mesmo, atribuído caráter divino).

Em muitos casos, cabia ao faraó decidir, sozinho, a política a seguir. Na prática era frequente que delegasse a execução das suas decisões a uma corte composta essencialmente por:
Escribas, que registavam os decretos, as transacções comerciais e o resultado das colheitas, funcionando como oficiais administrativos e burocracia de Estado;
Generais dos exércitos e outros oficiais militares, que organizavam as campanhas das guerras que o Faraó pretendesse empreender;
Um Tjati (Vizir), que funcionava como primeiro-ministro, e auxiliava o faraó nas mais variadas funções, desde a justiça às campanhas militares;
Sacerdotes, incumbidos de prestar homenagem aos deuses, no lugar do faraó.

O estatuto e papel do Faraó são, portanto, hereditários, transmitindo-se pelo sangue. Apesar do papel subalterno das mulheres nesta sociedade, os egípcios preferiram, por vezes, ser dirigidos por uma mulher de sangue divino (como Hatchepsut) que por um homem que o não seja (sendo interessante que até Hatchepsut é representada em esculturas ostentando uma farta barba, símbolo de masculinidade e sabedoria). As linhagens faraónicas nunca chegaram, contudo, a prolongar-se durante muito tempo, interrompidas que eram por invasores e golpes de estado.

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