domingo, 26 de outubro de 2008

Antigo Egipto = Fascinação

Fascinação é a sensação que se sente ao pesquisar sobre esse povo que iniciou a sua história há mais de 5.000 anos atrás, época em que se verificou a unificação dos reinos do Alto e do Baixo Egipto. A civilização egípcia se desenvolveu no canto nordeste do continente africano, tendo como fronteira a norte o Mar Mediterrâneo, a oeste o deserto da Líbia, a leste o deserto da Arábia e a sul a primeira catarata do rio Nilo.

Os historiadores dividem a história do Antigo Egipto em vários períodos, baseando-se em dois critérios. O primeiro fundamenta-se no sistema de Maneton, um sacerdote egípcio do século III a.C., autor de uma história do Egipto, na qual dividia os soberanos do país em trinta dinastias. A outra divisão habitual é em três períodos principais, denominados de "impérios" que correspondem a épocas de prosperidade, intercalados por três épocas de decadência social, cultural e política, conhecidas como "períodos intermediários". A estes seis períodos juntam-se o período pré-dinástico (anterior ao surgimento das dinastias) e proto-dinástico, o período arcaico e a era greco-romana. Não existe uma concordância entre os historiadores em relação às datas de início e fim de cada período, sendo por isso possível encontrar em obras sobre o Antigo Egipto diferenças significativas entre as datas propostas.

Como podemos ver já está claro que a história desse povo apresentará "épocas de decadência social, cultural e política". Vamos analisar desde o período pré-dinástico até o período romano o quê aconteceu também com a questão moral. Isso porque a intenção deste blog é aliar história com a eterna busca (da autora) do ser moralmente perfeito.

Pintura Rupestre

Para concluir definitivamente as passagens das postagens anteriores, eu pesquisei sobre os sítios arqueológicos mais importantes do mundo. São eles: Caverna de Altamira (Espanha), Cavernas de Lascaux e de Chauvet (França).

Caverna de Altamira
Altamira é o nome de uma caverna situada a 30 km da cidade de Santander, na Cantábria, Espanha. As suas pinturas foram descobertas em 1879, sendo o primeiro conjunto pictórico pré-histórico de grande extensão descoberto.

Investigadores modernamente amparados para estudos de jazidas e santuários tanto subterrâneos como ao ar livre propuseram para as pinturas de Altamira uma datação entre 15.000 e 12.000 anos a.C., pertencentes portanto ao período Magdaleniano.

O realismo de suas cenas provocou, em um primeiro momento, um debate em torno de sua autenticidade, até ser aceita como uma obra artística realizada por homens do Paleolítico.

O animal mais representado é o bisão. Há até 16 exemplares em diversos tamanhos, posturas e técnica pictórica, assim como cavalos, cervos e outros sinais.


Caverna de Lascaux

Lascaux é um complexo de cavernas ao sudoeste da França. Em suas paredes estão pintadas bovídeos, cavalos, cervos, cabras selvagens, felinos, etc. e a sua disposição permite pensar tratar-se de um santuário. Foi descoberta em 1940 e é considerada a Capela Sistina da pré-história.

Lascaux pode ser a mais bela caverna paleolítica pintado no mundo. Contém mais de 1500 fotos dos animais, todos eles tem cerca de 17.000 anos.


Caverna de Chauvet

A Caverna de Chauvet, localizada ao sul da França, foi descoberta em 1994 por espeleólogos que encontraram restos fossilizados de muitos animais, incluindo alguns já extintos, e suas paredes são ricamente decoradas com pintura rupestre. A maior parte das pinturas é do mais antigo (30.000 a 32.000 anos) e a última ocupação (cerca de 26.000 anos) deixou poucas marcas, como a impressão de um pé de criança, restos de fogueiras e a fuligem das tochas usadas para clarear. Esta recente descoberta deixou os arqueólogos em estado de graça. Dá para entender...

A grande e complexa pintura dos cavalos recebe atenção especial por parte dos investigadores.

A cena dos leões caçando é cada vez mais rara dentre as encontradas na arte paleolítica.
Quatorze diferentes espécies animais são retratados na caverna Chauvet. Aqui, três belos cavalos se enfrentam um ao outro.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Continente Mu

Reconstituição Paleogeográfica - Gondwana

Não posso prosseguir sem mencionar o Continente Mu já que dediquei postagens a Lemúria e a Atlântida.

Para alguns esse Continente estaria no meio do oceano Pacífico, entre a Austrália e a América (rever foto da postagem de 17/09/2008 - "Evolução" ), e para outros, seria parte de um supercontinente formado em bloco pela Sulamérica, África, o Indico, a península Índia, Austrália e Polinésia, ao qual se denominou caprichosamente Gondwana.

Poucas notícias se tinham deste continente perdido até finais do século XIX quando um militar britânico, James Churchward, disse que um sacerdote hindú Rishi lhe ensinou uma língua, a nagamaia, morta há milhares de anos, e posteriormente lhe mostrou algumas tábuas - As Tábuas Naacal - nas quais se falava da criação do mundo e dos primeiros habitantes da terra chamados uigures. Esta civilização de 200 mil anos e sessenta milhões de pessoas foi devastada há cerca de 12.000 anos por um cataclismo e submergiu. As tábuas descrevem ainda uma religião de tipo monoteísta, que parece ser o modelo em que foram baseadas as demais. Esta seria a Mãe-Pátria do Homem, o Império do Sol que fundou colônias na América do Norte e no Oriente muito antes de as tribos nômades se fixarem na Mesopotâmia. O coronel inglês defendeu ser esta a origem de tantas ruínas intrigantes e das muitas lendas e símbolos idênticos presentes em povos os mais distantes. A origem da humanidade teria estado portanto no hipotético Mu, e seus povoadores parece que foram abandonando pouco a pouco suas primitivas formas religiosas, até que seu deus decidiu castigá-los pelo estado de decadência a que haviam chegado, e lançou um cataclismo que se apagou da face da terra.

Este povo também descuidou-se dos valores morais e se renderam aos mundanos.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

1ª Conclusão

Apesar do continente atlante estar geologicamente mais para lenda, o povo atlante é bem provável ter vivido pelo menos nas Américas. Porém, reza essa lenda que o alto nível de conhecimentos extraordinários em diversas áreas humanas e espirituais não serviram para que os atlantes evitassem a ambição, o orgulho, e se tornaram violentos. Desprezaram as práticas sãs nos templos e se entregaram à magia negra para conseguirem seus intuitos. Despertou, entre eles, a discórdia e a corrupção. Portanto, esta civilização que teve em suas mãos a parceria perfeita entre vida material, moral e espiritual perdeu tudo por causa do poder e da cobiça.

Os hindus, descendentes dos árias vindos do continente Hiperbóreo, surgiram entre 4000 e 6000 a.C. A espiritualidade elevada não os afastou do orgulho que surgiu com a organização das castas preconceituosas e hierárquicas. O povo hindu separou-se para sempre. Esses estragos morais se arrastam até os dias de hoje, onde acompanhamos pelos noticiários os absurdos sociais que assolam essa gente.

Percebo que nossa inclinação imoral vem desde os primórdios... Espero que as próximas culturas que postarei me surpreendam mais positivamente. Assim caminha a humanidade...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A Mitologia Hindu

Eu vou escrever um pouco sobre mitologia hindu porque nas próximas postagens pretendo explanar também sobre mitologia egípcia, grega...
A mitologia descreve Brahmá como tendo surgido de um lótus saído do umbigo de Vishnu e com ele toda a criação. Diz-se também que Brahmá surgiu de um ovo de ouro, Hiranyagarbha, nas águas causais. Sua consorte, Sarasvati, o Conhecimento, manifestou-se a partir dele. Dessa união surgiu toda a criação. É representado com quatro cabeças, simbolizando os quatro Vedas.



Vishnu, a segunda deidade da Trindade hindu, é o responsável pela proteção, manutenção e preservação da criação. A palavra Vishnu significa ‘aquele que tudo impregna’. Sua Shakti, ou seja, seu aspecto feminino, sua consorte é Lakshmi, deusa da prosperidade, riqueza e da beleza. A partir de Vishnu surgem todos os Avataras, aqueles que se encarnam com a missão de restabelecer o Dharma. São dez os avataras: Matsya, Kurma, Varaha, Narasimha, Vamana, Parasurama, Ramachandra, Krishna, Buddha e Kalki.


Rama ou Ramachandra, que significa lua encantadora, ou aquele que brilha na Terra. Sua missão: o cumprimento do Dharma. É o símbolo do grande homem, o perfeito filho, o perfeito marido, irmão, amigo e governante. Sua saga está descrita no épico Ramayana, onde é relatado com detalhes seu casamento com Sita, e sua luta contra o demônio Ravana. Recebeu ajuda de Hanuman nesta empreitada.


Krishna é o mais popular e amado avatara da Índia, com maior número de templos e devotos. Nos Puranas é descrito como um pastor tocador de flauta. No Mahabharata é o sábio que dá o ensinamento a Arjuna no campo de batalha.


Shiva é o aspecto de Brahman, o Absoluto, na Trindade hindu que representa a destruição, a transformação para um novo renascimento. Sua Shakti é Parvati, a matéria.



Devis são as deusas, as mães divinas, aquela que resplandece. Nos Vedas eram apresentadas como energia ou poder do criador, a Shakti. Nos Puranas aparecem como devis. Representam a sabedoria do universo, o aspecto protetor, maternal do Absoluto. Apresentam-se de 5 formas diferentes: Parvati, Durgá, Káli, Lakshmi e Sarásvati.





Parvati é a Mãe do Universo e consorte de Shiva. Simboliza a disciplina, a renúncia, o esforço que leva o devoto ao Conhecimento.


Durga representa o aspecto feroz de Parvati. Montada em um leão ou tigre, ela tem 12 ou 18 braços e em cada mão tem armas dadas pelos deuses. Seu objetivo é ser implacável com os demônios que representam nosso ego e nossa ignorância. Ela nos mostra que devemos ser decididos na destruição de tudo que nos impede de percebermos nossa verdadeira natureza divina.


Kali é o aspecto mais feroz ainda de Parvati. Tem língua roxa, não usa roupa e seu corpo é coberto pelos longos cabelos negros. Usa um colar de caveira, tem quatro braços e leva em cada mão armas de destruição e uma cabeça sangrando. É a devoradora do tempo.


Lakshmi é a consorte de Vishnu. Ela é muito popular na Índia, sendo considerada a mais próxima dos seres humanos. Quer o bem estar de todos sem se preocupar com suas ações ou seu passado. Simboliza a riqueza material e espiritual, representando o nosso universo ilusório.

Sarasvati é considerada a personificação de todos os conhecimentos, artes, ciências e letras. Sem ela Brahmá, seu consorte, não poderia ter criado o mundo. É associada à fertilidade, à purificação, à fala, à linguagem e à palavra.


Filho de Shiva e Parvati, Ganesha é o menino com cabeça de elefante, sendo a mais popular e querida deidade hindu. É o removedor dos obstáculos. A cabeça de elefante representa a grande disposição para escutar, refletir e meditar; a tromba representa o discernimento. O rato que sempre aparece junto representa o desejo, mantido sob controle.

Vedas


Rigveda - 1500 a.C. - Wikipédia (Domínio Público)


Segundo a Wikipédia:

Denominam-se Vedas os quatro textos em sânscrito que formam a base do extenso sistema de escrituras sagradas do hinduísmo, que representam a mais antiga literatura de qualquer língua indo-européia. A palavra Veda, em sânscrito, da raiz विद् vid- (reconstruída como sendo derivada do Proto-Indo-Europeu weid-) que significa conhecer, escreve-se वेद veda no alfabeto devanágari e significa "conhecimento". É a forma guna da raiz vid- acrescida do sufixo nominal-a.

Os vedas consistem de vários tipos de textos, todos datando aos tempos antigos. O núcleo é formado pelos Mantras que representam hinos, orações, encantações, mágicas e fórmulas rituais, encantos, etc...

São estes os quadro Vedas:

Rigveda: (sânscrito: composto tatpurusha de ṛc- (hino) e veda-) significa "veda dos hinos". É o primeiro, na ordem comum de enumeração dos quatro Vedas;

Samaveda: (sânscrito: composto de sāman- (canto ritual) e veda-) significa "veda dos cantos rituais". É o terceiro, na ordem comum de enumeração dos quatro Vedas;

Yajurveda: (sânscrito: composto de yajus- (sacrifício) e veda-) significa "veda do sacrifício". Contém textos religiosos com foco na liturgia, nos rituais e no sacrifício, e como executá-los;

Atarvaveda: (sânscrito: composto de atharvān (um tipo de sacerdote) e veda-). É o quarto veda.

Muitos historiadores consideram os Vedas os textos sobreviventes mais antigos. Estima-se que as partes mais novas dos vedas datam a aproximadamente 500 a.C.; o texto mais antigo (Rigveda) encontrado é, atualmente, datado a aproximadamente 1500 a.C., mas a maioria dos indólogos concordam com a possibilidade de que uma longa tradição oral existiu antes que os Vedas fossem escritos.

domingo, 5 de outubro de 2008

Hinduísmo

Os hindus, resultantes de sucessivos cruzamentos, herdaram o conhecimento religioso dos conquistadores e outros elementos civilizadores. A religião sucessora, o hinduísmo, apesar de conservar os altos conceitos espirituais da religião inicial, através dos séculos foi se contaminando com outros conceitos: sacrifícios de animais, ofertas de alimentos, pluralidade e feminilização dos deuses, autoflagelações, acirramentos dos privilégios e diferenças de castas, as quais chegaram ao número de três mil (!).
O hinduísmo não tem fundador, nem credo, nem organização de espécie alguma, se caracteriza por sua imensa diversidade e de sua capacidade de absorver novos modos de pensamento e expressão religiosa. Possui como raiz o Livro dos Vedas, desse livro os textos mais lidos são os Upanishads. Foram escritos sob a forma de conversas entre mestre e discípulo, e introduzem a noção de Brahma, a Força Essencial do Universo. Ensina que todos os seres vivos nascem, vivem e ao morrerem retornam a Brahma.
Dentro do hinduísmo há uma grande quantidade de movimentos e seitas com visões divergentes, o conceito popular de divindade é politeísta, cada aldeia tem também sua própria divindade local. Mas é possível distinguir três caminhos básicos para que o homem possa escapar do interminável ciclo de reencarnações:
- A Via do Sacrifício – Fazendo sacrifícios e boas ações, muitos hinduístas almejam obter a felicidade terrena, riqueza e boa saúde, assim como, melhorar seu carma para a próxima encarnação e conseqüente libertação do ciclo.
- A Via da Compreensão ou do Conhecimento – Segundo uma idéia central dos Upanishads, é a ignorância que amarra o homem ao ciclo de reencarnações. O conhecimento que traz a salvação é o de que tudo está contido em Brahman, não há separatividade. O Brahman é o Princípio Construtivo do Universo, uma Força que tudo permeia, uma divindade impessoal de onde tudo se origina e retorna. O homem é libertado do ciclo de reencarnações ao adquirir plena compreensão e convicção da unidade entre atman e Brahman, o objetivo é se dissolver em Brahman.
- A Via da Devoção – Essa terceira tendência, surgida no século III a.C., têm sua expressão clássica no poema épico Bhagavad Gita ou Canto do Senhor. Conta as aventuras do guerreiro Arjuna, guiado por Krishna, na guerra simbólica contra seus primos, os quais, na verdade, são seus próprios defeitos, que devem ser vencidos para que ele possa alcançar a própria libertação. O Bhagavad Gita ensina que se o homem se dedica Deus e age desinteressadamente, ele será libertado, pela graça de Deus, do ciclo de reencarnações. O Gita abre um caminho para uma associação mais pessoal com Deus de que os Vedas ou os Upanishads. Sem rejeitar a ascese e a contemplação ele se caracteriza pelo amor e a devoção do homem para com Deus, numa relação mais íntima com a Divindade.
O conceito brâmane de divindade é trinário: Brahma é o Criador do universo; Vishnu é o sustentador, que protege as leis e a ordem universal; Shiva é o destruidor, que na época do final de cada Manvântara, absorve o universo. A adoração Divina se baseia principalmente em Vishnu e Shiva que é também o Deus da meditação e dos yogues, normalmente é retratado como um asceta. Na Bhakti Yoga, Shiva é visto cheio de compaixão, que salva o homem do ciclo de reencarnações. Vishnu é mostrado como um Deus suave e amoroso, normalmente representado como um lindo jovem. Tem como Avatares Rama e Krishna. Krishna é adorado como o senhor do mundo, normalmente é retratado como um terno pastor de ovelhas.

Futuras Postagens

Rama, herói do Ramayana

Vou organizar os quatro principais povos daquela época para podermos manter uma cronologia lógica de evolução histórica, aos quais mais interessam neste blog.

Os Árias surgiram na Índia sob a chefia de Rama, e aí se estabeleceram de forma definitiva, após expulsarem os primitivos habitantes, descendentes dos Rutas. Organizaram poderosa civilização; mais tarde conquistaram e dominaram a Europa até o Mediterrâneo; são seus descendentes todos os povos de pele branca. Entre os primitivos árias da Europa, podemos citar os celtas, gauleses, iberos, germanos, eslavos, getas, etruscos, léticos. O grupo germânico originou os teutões, godos e os escandinavos. O grupo eslavo se dividiu em dois: um se encaminhou para o nordeste e dele descende a maioria dos russos; o outro se dirigiu para o sul e está representado pelos sérvios, croatas e bósnios. O grupo lético originou os letões, lituanos e prussianos.

Os Hindus, que após a invasão dos Árias para o ocidente e para o sul, formaram-se de cruzamentos sucessivos entre os habitantes primitivos da região (os Rutas); herdaram dos Árias avançados conhecimentos propulsores da civilização.

Os Egípcios, possuidores da mais avançada sabedoria.

Os Israelitas, povo orgulhoso, tenaz, fanático e inamovível nas suas convicções; povo heróico no sofrimento e na fidelidade religiosa.


Árias ou Arianos

Rama foi um jovem sacerdote que, após curar os enfermos arianos de uma peste grave, conquistou grande prestígio entre as massas formadas pelos homens brancos.

Guiados por Rama, os árias seguiram para o Oriente, aproximadamente no século XVIII a.C. Estabeleceram-se inicialmente no Irã, onde fundaram uma civilização branca. Posteriormente reiniciam sua marcha para a Índia, conforme é narrado no Zend-Avesta, por Zaratustra.

A marcha dos adeptos de Rama era pacífica, porém se defendiam quando atacados. Ao longo do seu caminho, no Irã e no Afeganistão, eles foram obrigados a lutar contra os negros, descendentes dos rutas, com suas fortalezas ciclópicas. Os sacerdotes negros impunham seu domínio pelo terror.

No século III a.C., o poeta Valmiki narrou em sânscrito a epopéia indiana liderada por Rama. O épico hindu denominado Ramayana relata a vida e as aventuras de Rama, príncipe de Ayoghya, e de Sita, flha do rei Janaka, que representam a imagem perfeita do homem-rei e sua esposa. Conta também a luta do príncipe contra o rei do Ceilão e mago negro Rávana, que havia raptado sua esposa Sita. Rama venceu e perseguiu Rávana, até o seu último refúgio, antigo Ceilão, hoje Sri Lanka.

Os árias, guiados por Rama, estabeleceram uma poderosa civilização espiritual na Índia, o Bramanismo, cuja escritura sagrada, em sânscrito, é os Vedas, o Conhecimento Divino. Na sua pureza iniciática o Bramanismo era bastante abstrato e não permitia estátua de deuses e seus símbolos maiores eram Agni, o Fogo sagrado e o suco de Soma, usado cerimonialmente.

Após a morte de Rama, alegando proteger a nova etnia indo-ariana e os conhecimentos bramânicos, os sacerdotes dividiram o povo em castas, identificando perfeitamente a soberba de um tipo psicológico exilado. As principais castas eram as seguintes: sacerdotes-brâmanes; guerreiros-sakyas; agricultores, comerciantes e artesões-vaisyas; servos-shudras. As duas últimas castas eram formadas por não ários. Havia uma quinta casta, denominada de intocáveis ou sem casta.

O povo hindu apesar de seu elevado grau de desenvolvimento espiritual, não aproveitou como devia, o seu acervo de experiências sagradas, pois seus habitantes deixaram tornarem-se orgulhosos. A organização das castas separara o povo para sempre. Pois elas, além de refletirem a hierarquia e superioridade dos ários, dividiram irremediavelmente os habitantes da Índia, no campo social e religioso. Os arianos não se compadeceram das raças atrasadas que encontraram pela frente e, cuja evolução, deviam encarar como seu próprio trabalho regenerador na face da Terra, pelo contrário, desprezaram muitos descendentes dos rutas, como párias da sociedade.

Absurdos sociais continuaram no seio de um povo de Mahatmas, onde os párias, considerados ralé, são obrigados a dar um sinal de alarme quando passam, a fim de que os venturosos se afastem do seu contágio maléfico! O que é de admirar, pois o povo hindu é um dos que mais acredita nas Leis da Reencarnação e do Carma entre outros na Terra. E é sob essas mesmas Leis, que o carma se faz sentir. Os soberanos rajás e os vaidosos bem nascidos voltam às mesmas estradas que transitaram sobre elefantes ricamente ajaezados, como mendigos desventurados, exibindo suas misérias e suas indigências e colhendo o mesmo desprezo que ajudaram a semear.

sábado, 4 de outubro de 2008

As Raças

A 5ª Raça - Os arianos

A 1ª Raça-Mãe, Etérica, pertenceu ao que os geólogos denominam de Era Primitiva (sistemas Arqueano e Algonquiano).

A 2ª Raça-Mãe, a Hiperbórea, os indivíduos pela sua peculiar constituição não eram fossilizáveis, ou seja, não possuíam esqueleto.

A 3ª Raça-Mãe, a Lemuriana, geologicamente situada entre as Eras Primária e Secundária e nos sistemas Devoniano, Carbonífero, Permiano, Triássico (apogeu da Lemúria), Jurássico e mesmo Cretáceo. Conquistaram o mental, com o consequente desenvolvimento do cérebro e, de modo geral, o sistema nervoso da vida emocional.

A 4ª Raça-Mãe – Atlântida – surgiu após a destruição da Lemúria, a lenda atlante conta que parte dos sobreviventes refugiaram-se no Continente Americano formando os povos astecas, maias, incas e peles-vermelhas; e a outra parte dirigiu-se para as costas Norte-africanas, auxiliando, inclusive, no desenvolvimento dos egípcios. Os restantes estabeleceram-se no Continente Hiperbóreo, onde já existiam colônias da mesma raça.

A 5ª Raça-Mãe, a Ária. Os Hiperbóreos (O continente Hiperbóreo esteve situado na região hoje tomada pelo Oceano Ártico, a partir da Groenlândia para leste em toda a largura da atual Europa) foram os indivíduos que deram origem aos elementos etnográficos fundamentais e definitivos do homem branco, de porte elegante, cabelos loiros, olhos azuis e rosto de feições delicadas.

Um processo de intenso resfriamento, como já sucedera outras tantas vezes na Terra, obrigou os hiperbóreos, ou ários, a migrarem em massa e repentinamente para o sul, estabelecendo-se com seus animais domésticos e rebanhos no centro da Europa. Entretanto, não puderam permanecer por defrontarem-se com homens da raça negra que subiam da África chefiados por conquistadores violentos, cujos estandartes traziam estampadas a figura de um Touro, símbolo da força bruta e da violência. Levantando o estandarte do Cordeiro, símbolo da paz e renúncia, e liderados por Rama, o povo ariano seguiu para o Oriente, invadindo a Índia, pela Pérsia, desalojando os descendentes dos Rutas primitivos.
A ausência de notícias históricas acerca dos árias primitivos foi por que eles não eram religiosos, por isso não guardaram, em arte ou em tradição verbal, a história de uma religião que não tinham.

A partir da 5ª Raça é que vou buscar uma sequência histórica e evolutiva na compreensão de para onde seguimos. Assim caminhou a Humanidade....

O quê são Colunas de Hércules?



Monumento às Colunas de Hércules, em Gibraltar

As Colunas de Hércules são duas montanhas que ladeiam o Estreito de Gibraltar. Segundo a lenda, eram unidas e impediam a comunicação do Mediterrâneo com o Atlântico e Hércules, para realizar um de seus doze trabalhos, as teria separado facilitando a sua passagem (imagina!).

O Estreito de Gibraltar separa o Golfo de Cádis (no Oceano Atlântico) do Mar de Alborão (parte ocidental do Mar Mediterrâneo). Ao norte encontra-se a Espanha e Gibraltar, a sul Marrocos e Ceuta. Através do Estreito de Gibraltar tem lugar o intercâmbio de água entre o Atlântico e o Mar Mediterrâneo: as águas superficiais, relativamente frias e pouco salinas, provenientes do Atlântico entram no Mar de Alborão, sobrepondo-se às águas profundas, mais quentes e salinas, que retornam do Mediterrâneo.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A Busca Incansável

Atlântida por Lloyd K.Townsend



Na postagem "Passado Confuso" citei três hipóteses geológicas para a existência da Atlântida defendida por alguns pesquisadores atuais. Estas probabilidades são muito desencontradas entre si. Mas há restos arqueológicos que podem comprovar a existência da ilha continente e por volta de 2800 a.C. começaram a se desenvolver as primeiras provas na Mesopotâmia. Outra teoria para a verdadeira localização Atlantis a coloca na região do Mediterrâneo. É bom registrar a lembrança de que os mitos gregos de onde vem as lendas atlântidas foram criados por pessoas que viveram em territórios com contato muito estreito com a Creta minóica, autêntica superpotência política e econômica da Antiguidade. Localizada no Mar Mediterrâneo, Creta era uma ilha muito rica e muito sofisticada, a ponto de lá existirem palácios de vários pisos. Também vale mencionar que os cretenses celebravam festas táureas como a comentada na postagem anterior onde os reis enfrentavam touros em recinto sagrado.

São várias as analogias entre Creta e a Atlântida. Em 1967, o arqueólogo grego Spyridon Marinatos descobriu os restos de uma cidade cretense da Idade do Bronze num círculo de ilhas que os italianos chamam de Santorini e os gregos, de Thera, no Mar Egeu. A população provavelmente abandonou a ilha quando os primeiros tremores de terra anunciaram a erupção de um vulcão, e essa fuga teria dado origem à lenda da Atlântida. A outra hipótese para localizar o reino perdido é a pequena Ilha de Pharos, em frente ao delta do Nilo, que na Idade do Bronze possuía um grande porto. Pharos estava na área de influência política e econômica dos cretenses seu porto era dotado de uma bacia interior e outra exterior. Essas impressionantes construções portuárias estão submersas nas águas, talvez devido a um terremoto submarino.

A história de Platão situa a Atlântida além das Colunas de Hércules (Estreito de Gibraltar), no Oceano Atlântico. Portanto, é para essa região que converge grande parte dos pesquisadores que buscam a ilha submersa. Naquela época acreditavasse que o Ocidente Distante era um lugar muito misterioso, pois só se conhecia as terras do Oriente.

Porém, quando mais se pesquisa mais dúvidas surgem. As Colunas de Hércules tem sido identificadas frequentemente com a civilização de Tartessos, destruída por volta de 500 a.C., e que provavelmente se situava numa região nas proximidades da cidade de Cádiz, no sul da Espanha. Platão chama-a Gadiros em seu relato, servindo como ponto de referência para assinalar um dos extremos da Atlântida. Há coincidências suficientes entre a civilização de Tartessos e a descrição de Platão para identificá-la como sendo a Atlântida. Se essa suposição for aceita se estabelecerá um ponto intermediário entre a hipótese mediterrânea e a do Oceano Atlântico.

O arquipélago da Ilhas Canárias, localizado a 108 quilômetros da costa noroeste da África, é um dos paraísos arqueológicos. Os pesquisadores tem encontrado restos de antiqüissimas tumbas gigantes. Acredita-se que os atlantes foram muito altos. Porém, pesquisas antropológicas revelam que os antigos habitantes das Canárias vinham das costas africanas e teriam trazido consigo uma cultura rudimentar do Período Neolítico (por volta de 5000 a.C).

Outro dado revelador é que, à exceção das Canárias e de outros picos existentes, toda a Cordilheira Atlântica tem estado submersa por pelo menos 60 milhões de anos. A história do homem, como grupo específico, desligado das diferentes raças de hominídeos, abrange meros 600 000 anos.

Em meio às diversas hipóteses que localizam o continente perdido no Oceano Atlântico, contudo, uma pelo menos é bastante singular. Trata-se da que identifica a Atlântida como sendo a América do Sul. O físico peruano Enrico Mattievich iniciou suas pesquisas em 1981 quando visitou as ruínas arqueológicas no Palácio de Chavin de Huantar, no Peru. Numa das partes do palácio, um verdadeiro labirinto, encontra-se a figura da Medusa (personagem da mitologia grega que tinha os cabelos em forma de serpentes, e cuja cabeça foi cortada pelo herói Perseu) gravada em pedra. Esse detalhe inspirou os primeiros pensamentos de Mattievich sobre uma possível ligação entre a América do Sul e a Grécia, mais especificamente Creta. Alguns objetos encontrados no Palácio de Chavin eram feitos de uma liga de ouro e prata, que ao receber uma parte de cobre tornava-se avermelhada. Esse metal, que os incas, habitantes dessa região hoje pertencente ao Chile, chamavam de coriculque, é semelhante ao oricalco. Segundo Mattievich, não faltam evidências de que os gregos alcançaram o continente americano e por centenas de anos devem ter explorado a região, rica em ouro.

Será que Platão aproveitou o cenário, no caso a Atlântico/América, para nele desenvolver o seu modelo de sociedade ideal?

Essas teorias possuem sua carga de verossimilhança. Porém, nenhuma delas pôde ser totalmente comprovada ante a absoluta carência de restos arqueológicos que possam ser identificados, com certeza, como sendo da Atlântida. Talvez o mistério maior não esteja em saber se ela existiu ou não, ou onde se localizava, mas por que, há tanto tempo, os homens continuam à sua procura.