Guiados por Rama, os árias seguiram para o Oriente, aproximadamente no século XVIII a.C. Estabeleceram-se inicialmente no Irã, onde fundaram uma civilização branca. Posteriormente reiniciam sua marcha para a Índia, conforme é narrado no Zend-Avesta, por Zaratustra.
A marcha dos adeptos de Rama era pacífica, porém se defendiam quando atacados. Ao longo do seu caminho, no Irã e no Afeganistão, eles foram obrigados a lutar contra os negros, descendentes dos rutas, com suas fortalezas ciclópicas. Os sacerdotes negros impunham seu domínio pelo terror.
No século III a.C., o poeta Valmiki narrou em sânscrito a epopéia indiana liderada por Rama. O épico hindu denominado Ramayana relata a vida e as aventuras de Rama, príncipe de Ayoghya, e de Sita, flha do rei Janaka, que representam a imagem perfeita do homem-rei e sua esposa. Conta também a luta do príncipe contra o rei do Ceilão e mago negro Rávana, que havia raptado sua esposa Sita. Rama venceu e perseguiu Rávana, até o seu último refúgio, antigo Ceilão, hoje Sri Lanka.
Os árias, guiados por Rama, estabeleceram uma poderosa civilização espiritual na Índia, o Bramanismo, cuja escritura sagrada, em sânscrito, é os Vedas, o Conhecimento Divino. Na sua pureza iniciática o Bramanismo era bastante abstrato e não permitia estátua de deuses e seus símbolos maiores eram Agni, o Fogo sagrado e o suco de Soma, usado cerimonialmente.
Após a morte de Rama, alegando proteger a nova etnia indo-ariana e os conhecimentos bramânicos, os sacerdotes dividiram o povo em castas, identificando perfeitamente a soberba de um tipo psicológico exilado. As principais castas eram as seguintes: sacerdotes-brâmanes; guerreiros-sakyas; agricultores, comerciantes e artesões-vaisyas; servos-shudras. As duas últimas castas eram formadas por não ários. Havia uma quinta casta, denominada de intocáveis ou sem casta.
O povo hindu apesar de seu elevado grau de desenvolvimento espiritual, não aproveitou como devia, o seu acervo de experiências sagradas, pois seus habitantes deixaram tornarem-se orgulhosos. A organização das castas separara o povo para sempre. Pois elas, além de refletirem a hierarquia e superioridade dos ários, dividiram irremediavelmente os habitantes da Índia, no campo social e religioso. Os arianos não se compadeceram das raças atrasadas que encontraram pela frente e, cuja evolução, deviam encarar como seu próprio trabalho regenerador na face da Terra, pelo contrário, desprezaram muitos descendentes dos rutas, como párias da sociedade.
Absurdos sociais continuaram no seio de um povo de Mahatmas, onde os párias, considerados ralé, são obrigados a dar um sinal de alarme quando passam, a fim de que os venturosos se afastem do seu contágio maléfico! O que é de admirar, pois o povo hindu é um dos que mais acredita nas Leis da Reencarnação e do Carma entre outros na Terra. E é sob essas mesmas Leis, que o carma se faz sentir. Os soberanos rajás e os vaidosos bem nascidos voltam às mesmas estradas que transitaram sobre elefantes ricamente ajaezados, como mendigos desventurados, exibindo suas misérias e suas indigências e colhendo o mesmo desprezo que ajudaram a semear.
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